Adotar um bichinho de estimação é paixão nacional, principalmente cães e gatos. Os bichos servem de companhia, ganham a estima de todos e, no caso dos cães, ainda oferecem segurança para toda a família. Com isso, ganham um lugar especial na casa. Porém, é importante escolher um animal com menor potencial de desencadear alergias e saber a maneira correta de abrigá-
lo. Isso porque pesquisas mostram que 10% dos alérgicos são sensíveis a animais, e esse número costuma ser maior entre os asmáticos.
Para o pediatra Luciano Borges Santiago, a convivência familiar com animais domésticos deve ser vista como algo saudável, inclusive com relação ao contato com crianças. “É bom para a criança ter esse contato. O que temos que ter sempre na medicina e na vida é o meio-termo, ou seja, nem exageros nem ausência total. Crianças que são afastadas totalmente de poeira, sujeira e animais, com a higiene exagerada, podem caminhar para ter mais alergias. Ao contrário, aquelas que são exageradamente expostas à sujeira, poeira e animais também podem ter mais infecções. Então, temos que trabalhar o meio-termo”, alerta o médico.
Santiago esclarece que ter um animal de estimação em casa é muito bom para a criança, pois ajuda no desenvolvimento de relacionamentos, da afetividade e da responsabilidade de cuidar desse animal. Para o pediatra, esse contato serve até como orientação educativa da sociedade, desde a infância, para evitar um problema comum nas cidades, que é o grande número de cães e gatos abandonados nas ruas.
Luciano Borges Santiago ressalta que é fundamental que o animal esteja sempre bem cuidado e limpo para evitar problemas como a transmissão de doenças ou o desenvolvimento de alergias. “O gato tem um pelo mais alergênico e geralmente causa problemas maiores que o cão. Nos casos em que é preciso escolher, para quem sofre de alergias é preferível que os pais optem por um cachorro”, afirma. O pediatra destaca, porém, que o cão precisa ser bem cuidado, limpo e vacinado, enquanto a criança não pode ficar sozinha com o cachorro ou ter contato exagerado, como ser lambida no rosto ou dormir junto. “A criança não tem noção de limites. Diz-se que o cachorro não morde, mas, mesmo ele sendo o melhor animal do mundo, pode dar uma mordida de aviso se a criança resolver colocar o dedo dentro do olho dele, por exemplo”, frisa Santiago.
Outro ponto observado pelo pediatra é na hora de escolher a raça cujo comportamento ou temperamento não seja agressivo, como no caso do pit Bull, embora o adulto tenha que estar sempre ao lado da criança, que brinca com qualquer cão.
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