sábado, 14 de março de 2015

Pesquisa demonstra que cachorros também sentem ciúmes


 
O cão é o melhor amigo do homem e, assim como ele, é capaz de sentir ciúmes, sugerindo que o sentimento pode ter raízes no instinto de sobrevivência, revelaram cientistas dos Estados Unidos em um estudo publicado nesta quarta-feira (23) no periódico "PLOS One".
Cientistas testaram 36 cães e seus donos em um experimento no qual os humanos precisavam brincar com três objetos diferentes na frente de seu animal de estimação.
Um dos objetos era um cão de brinquedo que latia e balançava a cauda sempre que se pressionava botão. Os donos, então, tinham que brincar com ele como se fosse um cachorro de verdade durante um minuto.
Os pesquisadores pediram que os donos repetissem o procedimento na fase seguinte do experimento com uma lanterna em forma de abóbora do Dia das Bruxas, e fingissem brincar com ela como se fosse um cão.
Por fim, pediram que lessem em voz alta um livro "pop-up" infantil que tocava música, como se estivessem contando a história para uma criança pequena.
'Me dá atenção'

Segundo os estudiosos, alguns comportamentos caninos foram muito mais frequentes quando os humanos brincaram com o cachorro de mentira do que com os outros objetos. Os cães com mais frequência morderam, puxaram seus donos e empurraram o objeto, tentando se colocar entre o dono e o cachorro de mentira, do que com os outros brinquedos.
Os cães também se mostraram duas vezes mais propensos a puxar seus donos (78% dos animais fizeram isso) quando ele ou ela estava brincando com o cão de brinquedo do que quando a interação se deu com a abóbora (42%). Apenas 22% fizeram isso com o livro.
Cerca de 30% dos cães tentaram se colocar entre o dono e o cachorro de brinquedo e 25% abocanharam o cachorro de pelúcia.
Os bichos estudados eram de raças diferentes, como dachshund, lulu-da-pomerânia, Boston terrier, maltês e pug. Quase a metade dos cães estudada era de mestiços. A pesquisa foi chefiada por Christine Harris e Caroline Prouvost, da Universidade da Califórnia, em San Diego.
"Nosso estudo sugere que não só os cães têm um comportamento que poderia indicar ciúmes, mas também que eles tentaram quebrar o vínculo entre o dono e um aparente rival', explicou Harris. "Não podemos falar em nome das experiências subjetivas dos cães, é claro, mas parece que foram motivados a proteger um vínculo social importante para eles".


Estudo explica por que cachorros espirram tanta água enquanto bebem

Uma pesquisa feita por físicos e engenheiros americanos explicou por que os cachorros espirram tanta áqua quando bebem, ao contrário dos gatos, que manipulam habilmente a água para saciar sua sede de forma cuidadosa.
As descobertas recentes, que focam nos cachorros e foram apresentadas em uma reunião na Sociedade Americana de Física, em San Francisco, nos Estados Unidos, somaram-se a um resultado anterior sobre como os gatos bebem. Nem os gatos  nem os cachorros conseguem contrair suas bochechas com força suficiente para criar sucção, como os humanos. Por isso saber como exatamente eles conseguem beber tem sido um enigma.
Em 2010, engenheiros da Universidade de Princeton e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), entre outras instituições, descobriram como os gatos bebem água. Basicamente, os felinos encostam a língua na superfície da água, sem penetrá-la, e puxam uma coluna de líquido com a velocidade de um metro por segundo. Antes que a gravidade puxe a água para baixo, os gatos fecham a boca sobre o topo da coluna quatro vezes por segundo, engolem e depois repetem o processo.
Vídeo feito por pesquisadores em estudo de 2010
mostra mecanismo que gato usa para beber líquidos
(Foto: Pedro M. Reis, Sunghwan Jung, Jeffrey M.
Aristoff e Roman Stocker/MIT/Divulgação)
Quando o estudo com cães começou, os cientistas pensaram que eles bebessem de maneira similar aos gatos, segundo o engenheiro biomecânico Sunny Jung, da Virginia Tech. Ele fez parte do estudo com gatos e liderou o estudo com cachorros.
Mas o que eles descobriram contrariou essa expectativa. Primeiramente, as línguas dos gatos tocam sutilmente a superfície da água, enquanto os cachorros empurram sua língua descuidadamente líquido adentro, como pode ser visto em câmeras colocadas sob a água. Cachorros "esparramam muito (a água), mas os gatos nunca fazem isso", diz Jung.
Em segundo lugar, os gatos puxam sua língua para cima para criar a coluna de água com uma força que equivale a duas vezes a força da gravidade. Cachorros criam uma força de até oito vezes a da gravidade.
Finalmente, enquanto apenas a pontinha da língua do gato toca a água, uma área grande da língua do cachorro faz isso, o que os torna bebedores desastrados e nada habilidosos. Mais precisamente, o volume de água que a língua de um cachorro pode mover aumenta exponencialmente de acordo com o tamanho de seu corpo. É por isso que cachorros da raça São Bernardo podem transformar a cozinha em um lago, diferentemente de um Pinscher.